Quando falamos em leis, muitas vezes pensamos em algo rígido, fixo, que rege tanto a natureza quanto nossas vidas. No entanto, há leis que se tornaram tão populares que parecem fazer parte do nosso cotidiano, como a Lei de Murphy ou a Lei de Pareto. Mas, o que aconteceria se juntássemos essas leis famosas a conceitos da eletrônica? Neste artigo, vamos explorar essas conexões de forma divertida e educativa.
1. Lei de Murphy e a Segunda Lei da Termodinâmica
Quanto mais você teme que algo aconteça, mais provável é que ocorra.
Na eletrônica, a Lei de Murphy parece estar sempre à espreita. Quem nunca montou um circuito e viu algo dar errado no momento mais crítico? Isso pode ser explicado pela segunda lei da termodinâmica, que trata da entropia. Em termos simples, quanto mais desordem em um sistema, maior a chance de algo dar errado.
No mundo dos circuitos, isso significa que quanto mais componentes você adiciona, maior a probabilidade de falha, seja por aquecimento, mau contato ou até um curto-circuito. Na prática, sempre que estamos trabalhando com eletrônica, parece que Murphy está por perto para nos lembrar que as coisas podem e vão dar errado – especialmente se você não se preparar bem.
2. Lei de Kidlin e a Lei de Ohm
Se você escrever um problema de forma clara e específica, terá resolvido metade dele.
Na eletrônica, a Lei de Ohm (( V = IR )) é a definição perfeita de uma questão bem definida. Sabendo a relação entre tensão (V), corrente (I) e resistência (R), você consegue resolver praticamente qualquer problema elétrico com clareza.
Se você tem um circuito e sabe a resistência e a corrente, calcular a tensão é apenas uma questão de aplicar a fórmula corretamente. Assim como na Lei de Kidlin, a chave está em ter as informações corretas e específicas: uma vez que tudo está claro, a solução vem naturalmente.
3. Lei de Gilbert e a Lei de Kirchhoff
Quando você assume uma tarefa, encontrar as melhores maneiras de alcançar o resultado desejado é sempre sua responsabilidade.
Na eletrônica, a responsabilidade do engenheiro ou técnico é criar circuitos que funcionem bem, e para isso, a Lei de Kirchhoff é indispensável. Ela estabelece que a soma das correntes que entram em um nó (ponto de junção de fios em um circuito) deve ser igual à soma das que saem, e o mesmo vale para as tensões em um circuito fechado.
Ou seja, se algo der errado no circuito, você deve reorganizar as correntes ou tensões até encontrar o equilíbrio correto, de forma similar à responsabilidade descrita por Gilbert: cabe a você encontrar o caminho para que o sistema funcione como desejado.
4. Lei de Pareto e a Lei da Conservação de Energia
80% dos resultados vêm de 20% dos esforços.
Na eletrônica, o Princípio de Pareto é muito bem representado pela Lei da Conservação de Energia. Em um circuito bem projetado, a maior parte da energia elétrica (digamos, 80%) é convertida em trabalho útil, como luz em uma lâmpada ou som em um alto-falante. No entanto, há sempre uma pequena parte (os 20%) que se perde, seja na forma de calor ou outras ineficiências.
Esse princípio nos lembra da importância de otimizar circuitos e componentes, para que o máximo de energia seja bem utilizado. Na prática, pequenos ajustes podem gerar grandes ganhos em eficiência energética.
5. Lei do Acúmulo e a Lei da Capacitância
O sucesso é o somatório de pequenos esforços repetidos diariamente.
A Lei da Capacitância na eletrônica traduz bem a ideia de que pequenos esforços levam a grandes resultados. Um capacitor armazena pequenas quantidades de carga elétrica ao longo do tempo, e com o acúmulo dessas cargas, pode liberar uma quantidade significativa de energia.
Essa é uma ótima metáfora para o conceito do acúmulo: pequenos esforços, quando somados, podem gerar resultados impressionantes. No caso dos capacitores, é o acúmulo de cargas que faz com que eles liberem grandes quantidades de energia quando necessário – assim como nossas ações diárias, que levam ao sucesso no longo prazo.
Sobre o Autor
Carlos Delfino
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Um Eterno Aprendiz.
Professor de Introdução a Programação, programação com JavaScript, TypeScript, C/C++ e Python
Professor de Eletrônica Básica
Professor de programação de Microcontroladores.