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Como Funciona o Transistor BJT: Estrutura e Operação Essencial

Tempo de Leitura: 3 minutos

O transistor de junção bipolar (BJT) é um dos principais dispositivos semicondutores utilizados em eletrônica, especialmente em circuitos de amplificação e chaveamento. Sua estrutura básica é composta por três camadas de materiais semicondutores dopados, formando duas junções: emissor-base e coletor-base. Essas três regiões são chamadas de emissor, base e coletor.

Estrutura do BJT

Existem dois tipos principais de transistores BJT: NPN e PNP. No transistor NPN, o emissor e o coletor são regiões dopadas com material tipo N, enquanto a base é dopada com material tipo P. No transistor PNP, ocorre o inverso: o emissor e o coletor são do tipo P, e a base é do tipo N.

A base, sendo uma camada muito fina e fracamente dopada, tem a função de controlar a passagem de elétrons entre o emissor e o coletor. No BJT do tipo NPN, por exemplo, o emissor é fortemente dopado para injetar uma grande quantidade de elétrons na base. Esses elétrons atravessam a base e são coletados pelo coletor, que é moderadamente dopado. Apenas uma pequena fração da corrente do emissor vai para a base, enquanto a maior parte flui para o coletor.

Funcionamento do BJT

O funcionamento do BJT depende da polarização das junções emissor-base e coletor-base. A junção emissor-base deve estar diretamente polarizada (com uma tensão positiva aplicada ao emissor em relação à base), enquanto a junção coletor-base deve estar inversamente polarizada (com uma tensão positiva aplicada ao coletor em relação à base no caso de um transistor NPN).

  • Corrente do Emissor (IE): É a corrente que sai ou entra no emissor. Ela é aproximadamente igual à soma das correntes da base (IB) e do coletor (IC).
  • Corrente da Base (IB): É uma fração muito pequena da corrente total do transistor, sendo responsável por controlar a passagem da corrente entre o emissor e o coletor.
  • Corrente do Coletor (IC): A maior parte da corrente que flui no emissor é coletada pelo coletor. Essa corrente é diretamente proporcional à corrente da base, sendo controlada pelo ganho de corrente β (beta), que relaciona a corrente da base com a corrente do coletor: \( IC = β \cdot IB \).

Regiões de Operação

Um BJT pode operar em três regiões principais:

  1. Região de Corte: Nesta região, a tensão base-emissor é insuficiente para permitir a passagem de corrente. O transistor se comporta como um interruptor aberto, e praticamente não há corrente fluindo entre o emissor e o coletor.
  2. Região Ativa: O transistor opera como um amplificador, onde a corrente no coletor é proporcional à corrente na base. A junção emissor-base está diretamente polarizada, enquanto a junção coletor-base está inversamente polarizada. Esta é a região onde o BJT é mais usado para amplificação.
  3. Região de Saturação: Nesta região, tanto a junção emissor-base quanto a coletor-base estão diretamente polarizadas. O transistor se comporta como um interruptor fechado, permitindo a passagem máxima de corrente entre o emissor e o coletor.

Aplicações

Os BJTs são amplamente utilizados em circuitos de amplificação, onde pequenas variações de corrente na base causam grandes variações de corrente no coletor, permitindo o aumento de potência de um sinal. Além disso, são usados em circuitos digitais como chaves eletrônicas, onde operam alternadamente entre as regiões de corte e saturação.

Considerações Finais

O BJT é um componente essencial na eletrônica, devido à sua capacidade de amplificar sinais e atuar como chave em circuitos digitais. Para estudantes de eletrônica e engenharia, entender o funcionamento de um transistor BJT é fundamental para a compreensão de circuitos mais complexos.

Referência: Malvino, Albert Paul. Eletrônica – 8ª Edição, Volume 1.

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